De volta a Cracóvia

Pois é, de volta a Cracóvia. O quarto está na mesma, já nos pusémos à vontade e está tudo branco lá fora. A cidade parece que não mudou nada, parece que esperou que nós regressássemos. Mas a história do dia de hoje não começa aqui certamente.

Acordado às 4:30 só deu tempo mesmo de tomar o pequeno-almoço (aqueci bem o leite porque já sabia que aqui não ía ter tanta facilidade para isso), passear o shiba e agarrar nas tralhas porque o taxi já lá estava. Sem vontade de pensar que não ía voltar a ver o meu cão passados mais um ou dois meses, saí porta fora.

O check-in fez-se bem, sem problemas com os pesos e a despedida, como de costume, com a lagriminha no canto do olho, apesar desta vez ter sido mais fácil, pelo menos para mim.

A viagem (também) se fez bem mas um maldito bebé e um som mecânico, periódico e assustador, não me deixaram pregar olho. (demorei a perceber mas o som era concerteza o autoclismo ou algo relacionado com a casa-de-banho lol). Em Frankfurt o aeroporto é uma pequena cidade. É tão grande que fizémos uma ou outra piada relacionada com o portão a que tínhamos que chegar que era o B11. Sem piada ou não, era que existíam 99 portões para cada letra do alfabeto... Com tão poucas horas de sono o que é que esperavam?

Só um dos corredores que atravessámos.

Eram grandes o suficiente para justificar tirar as mochilas das costas enquanto eramos transportados pelo tapete rolante lol.

Como sabia que íamos ter que passar lá umas boas horas levei no portátil o filme do Ace Ventura em África com Jim Carrey. Partilhando uns phones lá vimos o filme e deu para rir bastante! Aquele Ace é simplesmente o maior! :P

Quando foi hora disso, lá seguimos nós para o nosso aviãozito. Ao meu lado ficou uma Americana que meteu conversa comigo lá para o final da viagem. Chama-se Courtney era do estado da Califórnia e vinha para Cracóvia para ir jogar numa equipa de volleyball e depois seguia para Áustria e por fim Itália. Nunca tinha estado na Europa e perguntou-me a quanto equivalia o euro em relação ao złoty e eu, sem pensar especialmente no assunto, respondi uma valente asneira, trocando o valor de conversão do euro pelo złoty o que acordou logo a Patrícia tal foi a asneira lol.

Ela queria ir para a estação de comboios por isso nós dissémos que o melhor seria apanhar um autocarro (que era o mesmo que nós íamos apanhar). As malas vieram direitinhas (ou assim julgávamos já que a da Patrícia partiu um fecho metálico bastante resistente o que nos faz pensar que tipo de pancadaria é que elas devem levar quando vão para o porão!) e depois da Courtney levantar dinheiro lá fomos para a paragem de autocarros. Estava frio e neve enlameada pelo chão mas por termos medo de perder o autocarro que só vem de hora a hora, lá nos deixámos ficar. Durante a viagem falámos basicamente das diferenças e semelhanças entre nós e eles. Ficámos a saber que a California está "dividida", com hippies no norte e os surfistas no sul. Que as pessoas do norte não se preocupam tanto com as aparências ao contrário das do sul que não é possível encontrar alguém 100% natural. Exageros à parte, confirmou um pouco o que já pensávamos deles, ou seja, carros enormes, que consomem imensa gasolina e tudo em grande e exagerado.

Antes de sairmos do autocarro, dissémos-lhe como chegar ao seu destino e pedimos-lhe o email.

Amanhã temos tpc de polaco para fazer e, entre outras coisas, convinha ir à faculdade dizer que já cá estamos mas não sei se vai haver vontade para isso! :P