domingo, 6 de dezembro de 2009

Conversas com o xôr Elias

Hoje encontrámo-nos com o Ziyad Elias, combinámos na faculdade um dia destes quando me cruzei com ele. O Ziyad escolheu um sítio mesmo na praça central que apesar de já lá termos passado imensas vezes, nunca tínhamos entrado. Era mais uma cave super antiga mas acolhedora. Ficámos lá a falar enquanto bebebíamos um chocolate-quente. Ficámos a saber que afinal o senhor é mesmo do Curdistão… mas também é do Iraque! Ora, existia o Curdistão que era uma região vasta no médio oriente e por motivos que ainda não compreendemos, os ingleses ou americanos ou algo assim do género, separaram aquilo tudo na primeira guerra mundial vá-se lá saber porquê e os países que anteriormente faziam fronteira com o Curdistão, ficaram com bocados dele por isso, os curdos ficaram espalhados por imensos países e parece que só no Iraque e no Irão é que são aceites como uma minoria. Já na Turquia, os curdos são proibidos até de falar a sua língua… Falámos também da cultura lá e parece que um homem só pode sair de casa (sair da sua família) se for casado, ou seja, sai de uma família e vai para outra. Também disse que existem florestas e montanhas no Iraque e nós claro que dissemos que para nós aquilo era só deserto :P Ele fartou-se de dizer que era parecido com Portugal mas não ficámos lá muito convencidos porque depois também disse que tinham florestas onde haviam tigres. Como ele é geólogo não sei se devo confiar na sua palavra mas por outro lado, saberá muito melhor que eu o que há no seu país. Já quando estávamos cá fora, a Patrícia perguntou como era a segurança lá e ele disse-nos que os bombistas só apareceram depois da queda de Sadam Hussein, ou seja, eram pessoas ligadas ao seu regime que tinham tudo e de repente ficaram sem nada e sem forma de ser aceites na sociedade. Achei isto muito estranho porque não percebo como é que rebentar coisas os vai ajudar mas paciência!
Miejsce Polska
Agora com o Natal à porta é comum ver-se pessoas a usar barretes de Pai Natal na rua, em vez dos barretes "normais" a condizer com a roupita... O curioso é que parece que é perfeitamente normal usar o barrete de Pai Natal na rua, ou seja, toda a gente ignora! É só mais um barrete... E as pessoas usam-no como se nada fosse!
Ok, não é nada de especial! Mas convenhamos que em Portugal ninguém sai para o trabalho ou para a faculdade com um barrete de Pai Natal =P
Pensamento do Dia:
"Life is a train", ou "A vida é um comboio", dizia o Ziyad durante a conversa que tivémos! Para ele a vida é um comboio, ou seja, leva-o para muitas estações diferentes, cidades, países... Para ele o importante é sair na próxima estação e conhecer os outros mundos diferentes daquilo que ele conhece, conhecer pessoas novas e partilhar culturas. Viajar... Concordamos plenamente com ele, claro!

1 comentário:

  1. na 6ª fui para a FCUL com barrete de Pai Natal :D e esta semana vou outra vez!

    ResponderEliminar